Instituto Pensar - Pacheco admite possibilidade de voto impresso em 2022

Pacheco admite possibilidade de voto impresso em 2022

por: Mariane Del Rei 


Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Foto: Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), admitiu na segunda-feira (14), a possibilidade de o voto impresso ser adotado nas Eleições de 2022, se houver viabilidade técnica.

Como revelou o Estadão/Broadcast, a medida tem maioria para ser aprovada em comissão especial da Câmara e avançar no Congresso. Aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se juntaram a outros partidos, como o PDT, para criar um sistema de voto auditável na urna eletrônica a partir da disputa presidencial no ano que vem.

Em entrevista ao site Jota, Pacheco deixou claro que confia no atual sistema eleitoral no Brasil, mas admitiu a possibilidade de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em tramitação na Câmara para eliminar dúvidas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.

"Se há senadores e deputados sustentando isso e se houver viabilidade técnica e operacional para uma implantação dessa natureza que dê maior confiabilidade ao sistema de escolha de candidatos, é perfeitamente possível nós admitirmos?.
Rodrigo Pacheco

Fraude eleitoral

Na semana passada, em audiência na Câmara, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, defendeu a confiabilidade das urnas eletrônicas e disse que o voto impresso seria um "retrocesso?.

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Para Pacheco, no entanto, o fato de nunca ter ocorrido nenhum caso de fraude eleitoral conhecido desde a implantação da urna eletrônica, em 1996, não significa que elas não possam ocorrer. "Eu não enxergo e não acredito em vulnerabilidade do sistema eleitoral. Eu tenho confiança na Justiça Eleitoral do País, na rigidez do processo de escolha através das urnas eletrônica. (Mas) O fato de eu não acreditar não significa que não exista.?

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Não haverá eleições sem voto impresso

Patrocinador da proposta, Bolsonaro já disse que, sem o voto impresso, não haverá eleições no Brasil no próximo ano. Na quinta-feira (10), o chefe do Planalto voltou a defender a proposta e criticou o presidente do TSE.

"Que negócio é esse de judicializar? Não tem cabimento. Se o Congresso aprovar o voto impresso, vamos ter eleições com voto impresso e ponto final. Cada um de nós deve respeitar a Constituição e o Parlamento.?
Jair Bolsonaro

Em tramitação na Câmara, a PEC não acaba com a urna eletrônica, mas inclui na Constituição um artigo que torna obrigatória a impressão de comprovantes físicos de votação, que devem ser depositados automaticamente em uma caixa de acrílico acoplada ao equipamento. Com isso, o eleitor poderá conferir se o recibo em papel coincide com o que digitou, mas não poderá levar o comprovante. Para que seja válida nas eleições de 2022, a medida precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até outubro deste ano.




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